Incorporadora terá participação em projetos de uma parceira no Paraná e três gaúchas
Expandir os negócios para toda a Região Sul estava entre os objetivos da capitalização da Melnick realizada em 28 de setembro de 2020, há quase exatos dois anos.
Agora, o projeto se materializou na forma de parcerias com quatro outras empresas de construção civil, três do Rio Grande do Sul e uma de Curitiba (PR), a Piemonte. É a primeira incursão da Melnick fora do Estado.
As parceiras gaúchas são TGD, Zuckhan e Salis Engenharia, a última focada no segmento econômico, onde a Melnick estreou em 2019. O movimento representa valor geral de vendas (quantia esperada com o resultado dos projetos) de R$ 600 milhões, dos quais a incorporadora gaúcha deve responder por R$ 270 milhões.
Juliano Melnick, CEO da empresa, detalhou à coluna que o formato será a associação a projetos determinados. Hoje, para cada obra, são formadas sociedades de projetos específicos (SPEs). A Melnick vai entrar em cada uma de forma pontual, com cerca de 50% em cada.
— Não estamos colocando dinheiro na empresas, mas nos negócios, respeitando quem sabe operar. São incorporadoras que têm de 20 a 40 anos de mercado, com tamanho menor do que a Melnick. Não vamos assinar os projetos, mas aportaremos recursos em conjunto, cada um com sua fatia. Como temos expertise e corpo técnico, estamos olhando e ajudando no desenvolvimento, além do aporte de recursos — detalha Melnick.
Segundo Marcelo Guedes, vice-presidente de operações da Melnick, cerca de um terço dos lançamentos imobiliários de Porto Alegre são feitos por empresas de menor porte, como as que passam a ser parceiras:
— O valor geral de vendas de cada um é menor do que a nossa média, acima de R$ 100 milhões, mas como há grande quantidade, identificamos uma oportunidade. Além disso, às vezes começamos a estruturar uma grande área com oito ou 10 terrenos e, por alguma razão, isso não é possível, então agora poderemos juntar dois ou três em um projeto.
O CEO afirma que a incorporadora estuda outras oportunidades, mas sempre na Região Sul. A coluna quis saber se aquisições de empresas do setor estão no radar, Melnick afirmou que “no momento”, esse é o formato em que mais acredita. Mas admitiu que “o mundo é dinâmico”, então deixou a porta aberta para compras futuras.
Reprodução da coluna: Marta Sfredo